terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Feliz Natal!


O nosso programa de terceira provação continua. Desde o dia 9 de Dezembro com os chamados 'experiments': diferentes pequenas missões em diversos pontos do país. Assim, depois de ter orientado uma semana de Exercícios Espirituais em Negombo (perto de Colombo), estou neste momento numa cidade do noroeste do Sri Lanka chamada Mannar onde - também aqui! - encontrei uma fortaleza construída pelos portugueses há uns séculos atrás. Estou neste momento com um outro Jesuíta (da Índia) a trabalhar num lar de idosos refugiados Tamil, a maior parte dos quais não só não tem família, mas perdeu tudo o que tinha durante a guerra. Felizmente uma congregação de irmãs tomou a iniciativa de construir aqui um lar onde eles puderam ser acolhidos. Espero depois poder publicar fotos.

Por agora queria apenas desejar um Bom Natal e um Feliz Ano Novo a todos!




quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Pedro Arrupe

O dia 14 de Novembro é o dia do nascimento do Padre Pedro Arrupe, vigésimo oitavo Superior Geral da Companhia de Jesus e fundador do Jesuit Refugee Service (JRS).

No ano passado, neste mesmo mês de Novembro, publiquei um documentário sobre o Padre Arrupe produzido pela Georgetown University para o centenário do seu nascimento.

Hoje publico um documentário sobre o mesmo Pedro Arrupe, figura que tanto admiro, emitido pela TVE para essa mesma ocasião.

(a imagem pode ser expandida por forma a ocupar a totalidade do écran,
carregando no botão que surgir no canto inferior direito da imagem)
Pedro Arrupe – Documentário da TVE Parte 1/5:


Pedro Arrupe – Documentário da TVE Parte 2/5:

Pedro Arrupe – Documentário da TVE Parte 3/5:

Pedro Arrupe – Documentário da TVE Parte 4/5:

Pedro Arrupe – Documentário da TVE Parte 5/5:


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

De Volta


Os nossos Exercícios Espirituais de mês terminaram na semana passada. Foi de facto uma "grande viagem" interior, na qual uma variedade de diferentes paisagens se foi sucedendo. E onde quase continuamente se encontrava o verdadeiro protagonista de toda a história humana. Correram muito bem. Um grande privilégio, de facto, poder ter esta oportunidade nesta altura da minha vida. Rostos e imagens de tantas pessoas cujos caminhos se cruzaram com os meus ao longo da minha vida foram também surgindo na minha memória. Muitas coisas para agradecer a Deus. Agora retomamos outras actividades, com outros cursos e preparações. E depois em Dezembro partiremos para um mês de trabalho, em outros lugares do Sri Lanka. Espero nessa altura poder publicar novas fotos.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A Grande Viagem

Umas semanas depois de termos chegado ao Sri Lanka, uma outra viagem mais longa vai agora começar: a dos nossos Exercícios Espirituais de mês.

As primeiras semanas aqui em Kandy foram dedicadas a vários temas:
          - contexto histórico e cultural do Sri Lanka
          - autobiografia de Sto.Inácio
          - as histórias das nossas próprias vidas
          - as experiências de Sto.Inácio no Cardoner e em La Storta
          - regras de discernimento de Sto.Inácio, adições e anotações
          - diário intensivo de Progoff
          - introdução à Comunicação Não-Violenta de Marshall Rosenberg
            (um autor que só agora conheci e que muito recomendo! deu-me
              uma perspectiva nova da realidade e do ser humano)

A partir de domingo 30, e ao longo de todo o mês de Outubro,
estaremos então a fazer os Exercícios Espirituais de Sto.Inácio de Loyola, procurando ler e perspectivar a nossa vida à luz d'Aquele que desejamos
possa ser cada vez mais o seu centro.

Para ajudar à nossa oração, estaremos durante todo esse tempo em silêncio e desligados de todo o tipo de comunicações com outras pessoas
(excepto com o orientador do retiro).

Todos os Jesuítas fazem normalmente Exercícios Espirituais de oito dias em cada ano. Os Exercícios Espirituais de mês são feitos em princípio apenas duas vezes na vida: uma no Noviciado e a outra na Terceira Provação
(último período formal de formação de um Jesuíta, onde agora me encontro).
São por isso uma ocasião muito especial na caminhada de um Jesuíta.

Orações pelos frutos destes Exercícios em nós os nove
são muito bem vindas.




domingo, 23 de setembro de 2012

Mais Fotos

A cidade de Kandy fica situada em torno de um grande lago,
no meio das montanhas.
 


Fotografia de parte do grupo em frente do lago. 

Há duas semanas atrás tivemos de ir à capital, Colombo, para tratar
dos nossos vistos. Aproveitámos e visitámos o grande templo budista
de Kelaniya. Era domingo e havia muita gente a vir ao templo: a trazer
as suas ofertas e a rezar, tanto no interior do templo como no recinto exterior.

O templo fica no lugar onde alegadamente o Buda esteve,
numa das visitas que se diz ter feito ao Sri Lanka.

Imagem de alguns dos muitos frescos
pintados no interior do templo.
 

Uma imagem do Buda deitado. 
Pormenor da parece exterior do templo.
As figuras são todas diferentes.
Imediatamente ao lado do templo encontra-se
a “Stupa” que contém uma relíquia do Buda.
 


E quando fomos ao ministério para tratar dos nossos vistos,
encontrámos uns monges budistas estrangeiros, também eles
a tratarem da sua autorização de residência temporária
no Sri Lanka.



E claro, a verdade é que aproveitámos a ida a
Colombo para dar um mergulho no oceano Índico.
Apesar de  nesse dia  
o céu estar nublado, a temperatura
da água parecia estar claramente acima dos 25 graus
.


Mas enfim, para tentar evitar dar a ideia de que o nosso tempo aqui
é passado apenas entre visitas budísticas e praia, aqui ficam duas fotos
do lugar onde de segunda a sexta passamos grande parte do nosso dia.

O grupo dos nove Jesuítas a fazer a terceira provação
juntamente com o Instrutor, o P.Baylon Perera sj.






sábado, 15 de setembro de 2012

Terceira Provação no Sri Lanka


Tendo chegado ao Sri Lanka no dia 27 de Agosto para iniciar a minha “terceira provação” (último período formal de formação de um Jesuíta), aqui publico as primeiras fotografias destes lugares.




A casa da terceira provação, nos arredores de Kandy
(centro da ilha).





















A vegetação nestas zonas é exuberante.
O clima é um pouco húmido mas, por estar nas montanhas,
a temperatura não é muito elevada: até agora tem variado
entre 27 (temp. mínima) e 28 graus (temp. máxima).


























O grupo de Jesuítas que faz comigo a terceira provação: 6 são da Índia (todos de Províncias diferentes), 1 do Vietname, e 1 da Coreia do Sul (e que tinha estado já comigo a estudar em Berkeley, na Califórnia). Para além disso há ainda o instrutor, que é do Sri Lanka, e o ministro que é dos EUA.

















Tínhamos ido visitar a Igreja de Nossa Senhora de Fátima, que fica a uns 45 minutos a pé de nossa casa. O estilo da Igreja pareceu-me ser uma mistura entre ocidente e oriente.



Nos primeiros dias no Sri Lanka fizemos várias visitas. Esta foto foi tirada no campus da Universidade de Peradeniya, em Kandy (que tem mais de 10.000 estudantes). Apesar de não parecer, todos os ramos que se vêem por detrás de mim pertencem a uma única árvore...








...É que ao longo dos anos a árvore vai estendendo os seus ramos e mergulha raízes em novos lugares, chegando por isso a cobrir áreas consideráveis.






O nosso grupo a visitar o Seminário de Kandy, Seminário que forma os seminaristas para todo o País. A maioria da população do Sri Lanka (70%) é budista, mas  cerca de 7% são cristãos. Há ainda 15% de hindus e 7% de muçulmanos.










Visita ao templo budista de Kandy (no qual se venera uma relíquia do Buda).



Subindo ao alto de um monte, não muito longe dali, encontramos no topo uma grande imagem de Buda (por detrás de nós na foto).






Esta imagem é bastante grande e está colocada no topo do monte. Mas muitas outras, mais pequenas, se encontram ao longo das estradas daqui (um pouco como também por Portugal se encontram  imagens de Nossa Senhora ou outros santos pelos caminhos). A par disso, porém, nalgumas zonas daqui também se encontram ao mesmo tempo imagens de santos cristãos ou do próprio Jesus.




Num dos nossos passeios encontrámos um elefante a ser transportado, provavelmente para fazer algum trabalho que precisasse de mais força.








No final do dia a jogarmos “Carrom”: uma espécie de snooker que é jogado com peças tipo damas que são projectadas umas sobre as outras, não com um taco mas com o impulso dos próprios dedos.





Ainda um Post do Quénia

Publico aqui ainda um conjunto de imagens que tinha de um dos meus últimos Domingos no campo de refugiados de Kakuma. Foi num dia em que, depois da Missa, convidei algumas crianças a virem ao Arrupe Center para assistir a um filme ("O Príncipe do Egipto"). A música é o cântico do Santo (Hossana), cantado muitas vezes naquela capela.


(a imagem pode ser expandida por forma a ocupar a totalidade do écran,
carregando no botão que surge no canto inferior direito)




domingo, 24 de junho de 2012

Instalação dos Painéis Solares

Hoje apresento uma reportagem técnica, com as fotos do processo de instalação dos painéis solares no Arrupe Learning Center (completada a poucas semanas da minha partida de Kakuma).




O terreno reservado para a instalação dos painéis.

Os trabalhos de instalação das estruturas metálicas
onde os painéis iriam ser colocados (levados a cabo
pelo Centro Vocacional dos Salesianos de Kakuma)

Precisávamos de uma série de quatro estruturas
metálicas, sendo instalados em cada uma
32 painíes.

Aí estão eles: são no total 121 painéis fotovoltaicos,
podendo cada um produzir 
até 165 Watts. O que
significa que, no seu conjunto, os 121 painéis
podem gerar um máximo de 20 Kilowatts.

Instalação dos primeiros painéis. Os trabalhos de
instalação do sistema solar foram levados a cabo
por uma empresa de Nairobi.

Um por um os painéis foram sendo colocados
nas estruturas metálicas.

E pronto: já cá faltava este para vir dar palpites...

Já quase na instalação dos últimos painéis...
mas depois ainda falta fazer as ligações eléctricas.

O pessoal dos salesianos (professores e alunos)
a trabalhar na estrutura dos painéis.

Os painéis foram soldados à estrutura metálica,
para ficarem mais seguros.

As ligações eléctricas a começarem a ser feitas...

...e parecem ter ficado bastante bem feitas.

Graças ao sistema solar o centro tem agora iluminação
nocturna, o que ajuda bastante à segurança (pode-se ver
nesta foto uma dessas lâmpadas em baixo dos painéis).
Entretanto os cabos vão todos dar ao gabinete
que se vê na foto seguinte:

...este aqui. Depois de muitas horas de trabalho
também aqui dentro ficou tudo instalado
 comme il
faut
 e a funcionar. De cima para baixo, AVSs,
controladores de carga, timers, inversores e
baterias.

O servidor (o computador onde os alunos, através da
rede, gravam todos os seus trabalhos) também ficou
instalado na mesma sala: fica mais protegida do pó
e tem o ar condicionado a funcionar durante o dia.

Graças à energia produzida pelos painéis solares o Arrupe Center poupa agora uns 50 litros de gasóleo em cada dia. A área de sombra criada pelos painéis pode ser utilizada para estudo  pelos alunos ou até como sala de aulas.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Em Kakuma


No Aeroporto de Nairobi: o avião que nos levará até
Lodwar (perto de Kakuma). A viagem dura pouco mais
de duas horas, com uma escala em Kitale.

À chegada ao Aeroporto de Lodwar.
Temperatura exterior: acima dos 40 graus

O tapete rolante para recolha de bagagens.

A viagem de carro de Lodwar até Kakuma
dura cerca de duas horas

Os sinais de trânsito daqui têm algumas diferenças
em relação àqueles que se vêem em Portugal.



E aí estão eles! – os sinais tinham razão.

E ainda mais
(a foto é de má qualidade porque tirada do telemóvel).

Palhotas construídas pelos habitantes locais, os
turkanas. Muitos deles vivem em casas deste tipo.

O modo de vestir tradicional local.

Um “mais velho” turkana

Celebrando o dia da independência
em Kakuma (cidade).

Uma das ruas do campo de refugiados. No ano passado,
quando eu cheguei, o campo tinha menos de 80.000 pessoas.
Hoje tem já mais de 94.000. E continua a aumentar. Um novo
campo, a 25 Km norte deste, irá ser inaugurado em breve.

Numa das ruas do campo, num dia com o tráfico
um pouco mais congestionado.

Teoricamente, por lei, os refugiados acolhidos no Kenya
não podem trabalhar... Mas sempre se vão arranjando
alguns pequenos biscates. Aqui uma alfaiatataria.

Por estas bandas quando se sai à rua,
sobretudo de noite, convém sempre ver
onde se põe o pé.

O clima é quente e seco durante quase todo o
ano. Em Abril e Maio, porém, costumam cair umas
fortes chuvadas que alagam estradas e casas.

O Christian e o Muzabel (refugiado congolês que
também trabalha connosco no Centro Arrupe) à

espera de alguém que os socorrese: apesar de
atolados na lama não parecem ter perdido
o sentido de humor.

O JRS tem neste momento quatro centros em
diversas partes do campo (um quinto centro deverá
abrir em breve). Aqui o letreiro do Centro 2,
explicitando os serviços que aí são oferecidos.