quinta-feira, 31 de março de 2011

Breaking News – Mudança de Local

Notícia de última hora – Irei afinal trabalhar para outro local!... É verdade, o meu trabalho no JRS vai deslocar-se um pouco mais para leste, para o Quénia, mais exactamente para o campo de refugiados de Kakuma.

Acabou por se chegar à conclusão que aqui em Bangui, local para onde, de acordo com o plano inicial, eu viria trabalhar, não havia afinal assim tanto para eu fazer. E não havia também praticamente contacto com refugiados...

Tinha-se entretanto levantado a possibilidade de se formar uma equipa que pudesse ir reabrir a missão de Ouadda, no interior da RCA. Chegou a ser contactado um Jesuíta que está actualmente a trabalhar com o JRS na Bélgica, para ver se ele poderia vir também para a RCA. Depois disso, surgiu ainda a possibilidade de um casal de leigos norte-americanos vir também. No entanto, tanto num caso como no outro, e na melhor das hipóteses, estes voluntários apenas estariam livres para poder vir no próximo ano, em 2012.

Não se tendo conseguido formar uma equipa de voluntários para Ouadda, e uma vez que aqui na RCA não havia então muito mais que eu pudesse fazer, o JRS acabou por decidir que eu iria trabalhar para um outro País. Como disse, o lugar escolhido foi Kakuma, que fica no noroeste do Quénia. Pelo que me foi dito, no campo de refugiados que existe neste local vivem actualmente cerca de 80.000 pessoas, a maior parte delas refugiados provenientes do Sudão.

Entretanto, nesse mesmo campo (e em simultâneo também no Malawi), está agora a ser lançado um projecto-piloto de ensino universitário à distância (JCHEM: Jesuit Commons – Higher Education at the Margins; cfr. http://www.jesuitcommons.org/index.asp?bid=40&fid=200&nid=60&BlogEntryID=159&FormID=300). Trata-se de um projecto que conta com a colaboração de algumas universidades Jesuítas dos Estados Unidos e que, recorrendo também à Internet e aos meios informáticos, pretende oferecer a possibilidade de ensino de nível superior a jovens de campos de refugiados, já que estes chegam a ter de viver longos anos nestes campos.

Além, naturalmente, da dimensão pastoral, um dos meus trabalhos no campo deverá ser neste projecto de ensino, aproveitando aqui também a minha formação anterior. Deverei partir para o Quénia amanhã, sexta-feira (pelo que, se Deus quiser, a minha próxima crónica para este blog já deverá ser feita de lá...).

*

Entretanto ­– acho que ainda vai a tempo – não queria também deixar de publicar algumas fotografias dos Jesuítas desta comunidade de Bangui. Fica um pouco como despedida da comunidade SJ que me acolheu e onde estive a viver nestes últimos tempos:


Da esquerda para a direita:
o P.Joseph (centro-africano, prof.no Seminário Maior)
o P.Boute (belga, director do CCU)
o Léon (do Benin, a fazer o Magistério em Bangui)
o P.Dorino (italiano, Superior da Comunidade)





























domingo, 20 de março de 2011

Fotos de Bangui

O portão de entrada da Comunidade SJ em Bangui
(numa rua perpendicular à Av.des Martyrs)


O edifício da Comunidade SJ. Por as fotos terem
sido tiradas num domingo está tudo muito vazio...
O mesmo edifício de um outro ângulo.
O meu quarto é no 1º andar:
o segundo a contar da esquerda.

Foto tirada do 1º andar.
Ao fundo pode ver-se a casa do JRS.

Os novos escritórios do JRS,
inaugurados muito recentemente

Foto tirada do meu quarto: o edifício do
CCU (Centre Catholique Universitaire)

Fotografia tirada já do CCU
(oposta à foto anterior
: ao fundo
vê-se o edifício da nossa Comunidade)

A entrada do CCU, na Av.des Martyrs

Av.des Martyrs, saindo
do CCU e virando à direita.
O edifício nosso vizinho que se
vê em construção é da nova embaixada
da Líbia (que, pelo menos até
agora, tinha vindo a fazer grandes
investimentos neste País)

O outro lado da AV.des Martyrs.

Nas fotos que tirei desta vez não se vê
quase ninguém por terem sido tiradas
num domingo.
Espero da próxima tirar mais fotos
para poder mostrar também as pessoas.

sexta-feira, 11 de março de 2011

E Agora um Momento Publicitário...

Apesar de não estar já a trabalhar directamente com os Leigos para o Desenvolvimento, conheço bem de perto o trabalho desenvolvido em diversos Países por esta Organização.


Por saber também das suas necessidades, aproveito para divulgar aqui a possibilidade de canalizar uma percentagem do IRS para esta causa, sem que isso implique nenhuma despesa pessoal extra.


Obrigado pela participação / divulgação,

Luís Ferreira do
Amaral, sj


***


Os “Leigos para o Desenvolvimento” (LD), são uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD), actualmente com projectos de desenvolvimento em S. Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique, Timor e Portugal, nas áreas da educação, saúde e desenvolvimento comunitário. O nosso enfoque de actuação é a capacitação profissional de recursos técnicos da população e desenvolvimento das comunidades onde estamos inseridos.

Desde 1986, já enviámos mais de 320 voluntários para o terreno.


Hoje, vimos pedir a sua ajuda, ao preencher o seu IRS lembre-se de nós.
É uma ajuda fácil e de graça.

Basta preencher na sua declaração de IRS o campo 901 do quadro 9 do anexo H com o nosso nº de contribuinte – 501 917 705

Este contributo é uma consignação fiscal a favor de uma entidade e corresponde a uma quota equivalente a 0,5% do imposto sobre o rendimento das pessoas singulares, liquidado com base nas declarações anuais e que neste caso pode ser destinada aos Leigos para o Desenvolvimento. Desta maneira está a contribuir sem ter nenhuma despesa pessoal.

E fica o desafio, conheça-nos melhor, faça parte desta Causa!


www.leigos.org              ongd.leigos@gmail.com             Telefone: +351 21 757 42 78


Obrigado e… divulgue junto de pessoas amigas.


sexta-feira, 4 de março de 2011

Fotos da Visita a Markunda







Fotografia de um dos lugares que serve de escola, numa das aldeias por onde passei









Uma das escolas construídas pelo JRS. Uma vez que acabei por não tirar nenhuma foto às escolas de Markunda, publico esta que não é minha (é de Ouadda, mais para o centro do País, e foi tirada há mais de um ano; esta é muito parecida com as escolas que foram construídas em Markunda)











O interior da mesma escola de Ouadda, no dia da sua inauguração. Nela podemos ver um Jesuíta suíço – Luc Ruedin – que esteve a trabalhar com o JRS em Ouadda há dois anos atrás (esta missão de Ouadda encontra-se neste momento suspensa)














Um dos muitos furos de água com bomba manual que referi, que foram construídos pela Action contre la Faim (ACF), para acesso da população da aldeia local a uma água mais potável



Em Markunda, na casa das irmãs da congregação de de S.José de Turim (algumas das quais trabalham para o JRS)






 


Foto da comunidade com o hóspede, poucos minutos antes do início da viagem de regresso a Bangui


 






 
 
Os últimos preparativos no carro que nos trouxe de volta a Bangui. Na parte de trás vinha bastante carga e também três cabritos amarrados (um dos quais, coitado, reclamou bastante no princípio da viagem)








Imagem da estrada Markunda - Bossangoa num troço em bastante bom estado





























Uma das pontes, apesar de reconstruída não há muito tempo, tinha ido abaixo recentemente, por causa de um camião com demasiado peso que a tentou atravessar. Por ser o tempo seco, não tivemos problema nenhum em a contornar, atravessando directamente o riacho (algo que no tempo das chuvas, com a força das águas que aí corre constantemente, dizem ser totalmente impossível)

 


Ao longo do caminho de Markunda para Bangui: uma pequena manada de vacas, e os seus pastores (algo que não me lembro de ter visto em Angola)












Umas das coisas que cultivam por estas bandas: algodão (que, pelo que me disseram, é exportado sobretudo para os Camarões)















Paragem numa das muitas aldeias no caminho. Várias pessoas vêm a correr ter connosco, para tentar vender os animais que caçaram




















Em plena negociação do preço dos antílopes caçados. Acabámos por comprar dois (para as crianças do orfanato que as irmãs têm em Bangui). À venda havia também outros animais: uma espécie de lontras, peixes, tartarugas, macacos, e até um lagarto enorme (tudo isto já sem cabeça). Não sei há quanto tempo teriam sido caçados mas alguns, pelo aspecto, sem dúvida há já vários dias







A partir de Bossembélé e até Bangui... abençoado asfalto!
 
 
Trazido do Chade (não de Alcochete) para aqui: um dos camelos que vimos pelo caminho













 



Por a estrada ser asfaltada, agora há que pagar a portagem, em cada um dos três postos. Ainda que não haja outras alternativas, aqui não há scut’s... Mas ainda assim vale bem a pena: bem empregados 15 cêntimos...








Uns braços da barragem de que falei (M’bali ou Boali). É aqui que é pescado muito do peixe que depois encontramos à venda no caminho 


Depois passámos mesmo ao lado da barragem, bem bonita. É graças a ela que é produzida a electricidade de Bangui. Desta vez não parámos, mas espero numa próxima oportunidade tirar mais fotos